Um incêndio de grandes proporções que teve início na subestação elétrica de Chapada dos Guimarães atingiu a região do Morro dos Ventos nesta quarta-feira (28). O Parque Nacional também é ameaçado por duas frentes de chamas, que já queimaram uma área estimada em 700 hectares.
O Corpo de Bombeiros e brigadistas do Instituto Chico Mendes de Biodiversidade (ICMBio) combatem as chamas. Até esta quarta-feira, 19 brigadistas do órgão federal e três bombeiros militares atuavam no combate, além de uma aeronave do Centro Integrado de Operações Aéreas do Estado de Mato Grosso.
Segundo informação do ICMBio, os incêndios iniciaram em locais diferentes. Um deles teve origem na região do Coxipó do Ouro, a sudoeste da área protegida, no último dia 21 de agosto. Uma área de 11 mil hectares na região, que fica ao lado do Parque Nacional, já teria sido consumida pelas chamas há mais de uma semana. Brigadistas fazem aceiros e contrafogo no local.
Imagens feitas pelo satélite Copernicus, do Programa de Observação da Terra da União Europeia, mostram o impacto das chamas de 24 de julho a 23 de agosto. Na sequência em animação, conseguida pelo site Primeira Página, é possível ver como as áreas afetadas pelas queimadas aumentam ao longo dos dias.
Mudanças trazidas pelo vento sul, que desde o dia 23 firmou-se na região, conduziram o incêndio para uma área de morros bastante acidentada, localmente conhecida como "Quebra Gamela".
O incêndio que atingiu o Morro dos Ventos foi detectado na quinta-feira passada, fora da área do Parque Nacional, nas proximidades da subestação de energia elétrica da cidade de Chapada dos Guimarães. A equipe do ICMBio tem monitorado a progressão das chamas por meio de imagens e informes de outras instituições.
Leia também: Parque de Chapada dos Guimarães tem 700 hectares já consumidos por incêndios
“Este incêndio tem crescido e, embora distante do Parque Nacional, pode se espalhar por uma área bastante grande e crítica, com um número considerável de habitações a sudeste da unidade de conservação federal”, avaliou o órgão.
Dentro das estratégias de defesa em execução, o uso das áreas manejadas com queimas prescritas no Parque Nacional ganha destaque. Apesar de atingido pelo primeiro incêndio, há uma rede de barreiras preparada durante a fase de prevenção que possibilita um ataque mais eficaz e seguro com algumas aberturas de linhas, a fim de estabelecer um perímetro de controle.
Veja imagens do fogo se aproximando da região do Morro dos Ventos:
Créditos: Roberto Douglas/Morro dos Ventos
Sensação
Vento
Umidade