Desde o dia 21 de agosto, brigadistas do ICMBio combatem um incêndio surgido na região do Coxipó do Ouro, em Cuiabá, que já afeta o Parque Nacional de Chapada dos Guimarães, além de grave parte da Área de Proteção Ambiental Estadual de Chapada dos Guimarães. As queimas prescritas têm sido utilizadas como estratégia de combate para conter a propagação desse incêndio.
Em sobrevoo realizado neste domingo (01), foi constatado que as queimas foram efetivas para a contenção de uma parte importante do perímetro do incêndio, que evoluía para o interior do vale do Véu de Noiva, ainda que o controle de todo o perímetro em outras áreas seja dificultado pelas condições meteorológicas, a topografia acidentada e a vegetação extremamente seca. Os brigadistas continuam no combate na região.
São 30 brigadistas do ICMBio em atividade, apoiados por uma aeronave asa fixa especializada em combate a incêndios. Desses, 12 são brigadistas recém-incorporados devido à recente medida provisória que permite a recontratação de brigadistas após 3 meses do contrato anterior.
As equipes atuam na Morraria do Quebra Gamela, na margem esquerda do rio Coxipó; na região do Rio Aricá-Açu e áreas vizinhas ao Morro de São Jerônimo.
Outro incêndio, que atinge a região conhecida como Vale da Benção, a 3,5 km do sul da unidade de conservação federal, tem sido monitorado desde o dia 22 de agosto.
Nos últimos 2 dias, foram feitos preparativos no terreno para antecipar a chegada dessa nova frente.
No domingo, a gestão do Parque Nacional decidiu interromper a visitação ao Circuito das Cachoeiras devido à fumaça e para facilitar o acesso dos brigadistas.
Até o momento, cerca de 14 mil hectares foram atingidos pelo incêndio na região do Coxipó do Ouro e a Comunidade de São Gerônimo; destes, 1.5 mil hectares foram no interior do Parque Nacional.
Reforço na Serra das Araras
O ICMBio também reforçou no domingo a equipe que está combatendo o fogo na Estação Ecológica da Serra das Araras com dez brigadistas vindos de Brasília. A unidade é atingida por um incêndio originado há cerca de 20km dos seus limites. Outros três incêndios ameaçam a estação.
A região possui um relevo desafiador para o combate, com poucos pontos de pouso para helicópteros e inacessíveis vias terrestres. Além da estação, a região ao redor possui focos de incêndios, gerando prejuízos aos proprietários rurais.
A Polícia Federal e o Ministério Público estão investigando o caso para identificar e responsabilizar os autores.
Até agora, mais de 17 mil hectares da unidade foram atingidos. No momento, a prioridade é proteger as estruturas da sede e as áreas de pesquisa.
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