Circula pelas redes sociais um vídeo que mostra homens com uniforme do ICMBio colocando fogo no mato. Uma das pessoas no vídeo diz: "Olha aí o brigadista. Em vez de estar apagando fogo, está tacando fogo. É brincadeira? Quem que taca o fogo no Pantanal? Isso que é brigadista, o herói do fogo". Legendas afirmam que os homens são os responsáveis pelas queimadas criminosas no bioma. É #FAKE.
O vídeo não mostra brigadistas do ICMBio colocando fogo na mata de forma criminosa. Na verdade, eles realizam uma manobra de combate indireto aos incêndios florestais conhecida como “queima de expansão”, de acordo com a assessoria do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade. A ação foi feita na Estação Ecológica de Taiamã, entre os dias 12 e 13 de setembro.
"A Estação Ecológica de Taiamã continua protegida, sem incêndios no seu interior. No entanto, a partir de 14 de setembro, um vídeo que circula pela internet tem gerado diversos mal-entendidos sobre as ações do ICMBio", diz a nota.
O ICMBio explica que a técnica empregada consiste em eliminar o combustível em pequenas faixas do terreno através da aplicação do fogo. Isso impede que haja material orgânico capaz de alastrar um incêndio de grandes proporções. "O controle dessa técnica exige pessoal treinado e experiente, pontos de ancoragem muito bem definidos e condições meteorológicas favoráveis para que o fogo não se alastre e inicie um novo incêndio. Todas essas condições foram obedecidas e a queima foi considerada um sucesso", diz, em nota.
O ICMBio esclarece que os esforços de combate aos incêndios florestais no Pantanal Matogrossense têm sido realizados continuamente desde o dia 12 de agosto com um comando local das operações, esquadrões de brigada distribuídos em campo e apoio aéreo.
No momento, parte dos recursos está concentrada no município de Cáceres (MT), onde estão localizadas três unidades de conservação federais ameaçadas pela propagação das chamas: Estação Ecológica da Serra das Araras, Reserva Particular do Patrimônio Natural Jubran e Estação Ecológica de Taiamã.
Em junho, o Fato ou Fake desmentiu uma mensagem similar que dizia que um vídeo mostrava fiscais do Ibama promovendo incêndio criminoso em área indígena. Na verdade, a equipe mostrada no vídeo também fazia uma ação prevista em lei para prevenir queimadas e toda a ação foi acertada previamente com órgãos oficiais de preservação do ambiente e da segurança pública.
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