O juiz Renato José de Almeida Filho, da 2ª Vara de Chapada dos Guimarães, determinou que o ex-policial militar Almir Monteiro dos Reis seja submetido a nova avaliação psicológica. Ele é réu por ter matado a advogada Cristiane Castrillon em agosto de 2023. O corpo dela foi encontrado dentro de um carro nas proximidades do Parque das Águas, em Cuiabá.
Na época, Almir Monteiro já tinha passagens pelo sistema carcerário pelo crime de roubo. No entanto, ficou comprovado que o ex-PM padecia de transtornos psiquiátricos e, por isso, foi determinado o tratamento ambulatorial. Cerca de um mês antes de estuprar e matar Cristiane, a equipe do Centro de Atenção Psicossocial (CAPs) emitiu laudo atestando que Almir estava apto para trabalhar.
Depois do crime e da nova prisão do ex-PM, ele chegou a passar por nova perícia que concluiu que ele tinha discernimento sobre suas ações quando esteve com a advogada.
No entanto, diante do diagnóstico prévio, o Ministério Público solicitou, ainda no início do processo, a reavaliação das condições psquiátricas do réu para que ele fosse encaminhado para internação nos hospitais Adauto Botelho ou Paulo de Tarso, em Cuiabá e Rondonópolis, ou que fosse transferido para as unidades prisionais de Cuiabá e Várzea Grande, tendo em vista a necessidade de acompanhamento multidisciplinar no caso.
Os autos foram remetidos à comarca de Chapada dos Guimarães, onde Almir encontra-se preventivamente preso, sem a análise do pedido. Nesse sentido, o juiz Renato José de Almeida Filho examinou o requerimento e anotou que a avaliação psiquiátrica é imprescindível para constatar a necessidade da medida de internação.
"É fundamental que o réu seja acompanhado por profissionais de saúde mental durante o cumprimento da medida de segurança, para que seu quadro seja avaliado periodicamente e a medida possa ser ajustada ou cessada quando necessário e a revisão periódica, uma vez que a cada 6 meses, o juiz fará uma revisão do caso, com base em laudos médicos e avaliações, para verificar se a medida de segurança ainda é necessária ou se pode ser alterada ou cessada", escreveu.
Feita a ponderação, o magistrado determinou nova avaliação para atestar o quadro clínico do ex-PM.
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