A última sexta-feira (11) foi marcada pela primeira intervenção urbana no bairro Aldeia Velha, dentro do projeto Aldeia das Artes, que pretende transformar o histórico local em um museu a céu aberto.
A artista plástica Ana Amelia Marimon atendeu ao chamamento da OCA (Organização Comunitária da Aldeia) dando o pontapé inicial à execução do projeto Aldeia da Artes, que consiste em promover, através das artes, uma intervenção urbana no histórico bairro Aldeia Velha, onde nasceu Chapada dos Guimarães.
O projeto consiste em pintar temáticas da iconografia indígena que nomeiam as ruas do bairro assim como dos povos tradicionais da região e da diversidade ambiental. Todas as ruas da Aldeia Velha são denominadas com nomes das etnias dos povos originais que habitaram a região quando por aqui aportaram os bandeirantes.
O autor do projeto é o cineasta Luiz Borges, morador há quatro décadas de Chapada dos Guimarães, na Aldeia Velha, e sempre teve um olhar carinhoso para o bairro mãe da cidade.
Atualmente aposentado da UFMT (Universidade Federal de Mato Grosso) e novamente presidente da OCA, Borges usou o combustível artístico cultural que o move para a concretização de inúmeros projetos idealizados para a Aldeia Velha. Assim nasceu a Feira da Aldeia que vem crescendo a cada dia com apoio dos moradores do município, dos comerciantes locais e da Prefeitura.
Sempre inquieto, agora que a Feira da Aldeia já está na sua 15° edição, Borges dá o pontapé inicial ao projeto das intervenções urbanas no bairro. Aldeia das Artes é uma preparação é uma preparação para um sonho cujo objetivo é transformar esse território em museu a céu aberto.
Borges pretende recuperar as iconografias dos desenhistas franceses Taunay e Florence, que passaram pela região em 1829, registrando tudo para a Expedição do Barão Langsdorff, cujo conteúdo encontra-se em um museu na Rússia. Assim, além das pinturas com as cores, fauna e flora da região pintadas nos postes, as placas das ruas terão as icnografias feitas pelos mencionados desenhistas franceses.
“O projeto ainda está em busca de financiamento, mas já esta se tornando realidade graças ao apoio da Energisa, que autorizou as intervenções no postes de energia, da Secretaria de Planejamento do município, que doou as tintas, e dos artistas que, neste momento, de forma voluntária, deixarão seus nomes inscritos na memoria da Aldeia Velha”, afirma o cineasta.
O artista plástico que desejar participar do projeto terá hospedagem na pousada Casa da Aldeia, administrada por Luiz Borges.
A artista plástica Maria Amélia Marimon, animou-se com a ideia de ver as ruas da Aldeia Velha como galerias de artes plásticas e de história, mirou na diversidade da fauna da região e deixou suas raposinhas registradas na Aldeia Velha. “Outros artistas virão”, profetiza.
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