A morte de Eulália da Silva Soares, 90 anos, popularmente conhecida como Dona Eulália, gerou comoção nas redes sociais entre populares e autoridades do estado.
Conhecida pelos quitutes servidos ao longo das manhãs em seu estabelecimento com mais de 60 anos de funcionamento no bairro Lixeira, Dona Eulália foi anfitriã de diversos encontros em Cuiabá.
Com a morte da ícone da gastronomia cuiabana, inúmeros admiradores deixaram nas redes sociais recordações de momentos com ela e relembraram a forma em que seu tradicional bolo de arroz impactou suas vidas.
Por meio de nota, o Governo de Mato Grosso decretou luto oficial de três dias. O governador em exercício Otaviano Pivetta (Republicanos) expressou condolências aos familiares e amigos.
"Eu nasci e me criei na Lixeira. Fomos criados todos juntos, cheguei amassar arroz no pilão junto com ela, uma pessoa sempre humilde, a família a mesma coisa, todos queridos. A única coisa que conforta é que ela dizia que não queria sofrer e assim foi, passou mal um dia e logo faleceu, pontuou.
Linoel Francisco de Barros, 61, disse à reportagem que dona Eulália se foi, mas que seu legado continuará, pois ela deixou raízes. "Vamos torcer para que seus familiares não desistam do legado que ela deixou plantado, a paixão regional, um exemplo de vida para todos, com sua humildade e família unida".
Morte
Famosa pela tradição do bolo de arroz cuiabano, Dona Eulalia da Silva Soares morreu na tarde dessa segunda-feira (28), em um hospital particular em Cuiabá.
Ela foi internada após o almoço de domingo (27) e morreu em menos de 24h após 3 paradas cardíacas. Desde 1956 a salgadeira comercializava o querido bolo de arroz, pão de queijo e chipa no bairro lixeira.
Com 8 filhos, 22 netos e 34 bisnetos, apesar de morar sozinha no bairro Lixeira, em Cuiabá, a idosa nunca ficava sozinha, a família se dividia através de uma escala para os cuidados.
Sensação
Vento
Umidade