O projeto "Águas que Falam", que promove o acesso à água potável e saneamento básico a comunidades vulneráveis no Pantanal, será ampliado para atingir pelo menos mil pessoas até 2026. Em Chapada dos Guimarães, duas comunidades ganharão pontos de monitoramento.
Com o apoio da empresa Everest, que trabalha com purificadores de água e máquinas de gelo, o projeto criado em 2023 pelo Instituto SOS Pantanal vai ganhar recursos para potencializar ações voltadas para iniciativas de conservação da Bacia do Alto Paraguai. Também visa prestar auxílio a comunidades vulneráveis do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, muitas delas gravemente afetadas pelas queimadas e secas registradas em 2024.
A nova etapa do projeto também contempla a realização de workshops e palestras para profissionais da educação e da saúde da região. Além disso, serão promovidas ações educativas para alunos da rede pública de ensino, incluindo a produção e circulação de um livro infantil e cartilhas.
Os esforços possuem o intuito de capacitar a população sobre a conservação das fontes de água doce, contribuindo para a saúde dos habitantes. Estima-se que, até o fim de 2026, o projeto envolva 1,2 mil pessoas em sessões de educação ambiental e oficinas e aumente em 300% o engajamento e a participação das populações locais nos eventos e campanhas organizadas.
O novo plano de ação do "Águas Que Falam" envolve atividades em 10 pontos de monitoramento em comunidades distintas, sendo seis delas no Mato Grosso do Sul – duas em Aquidauana, duas em Corumbá, uma em Bonito e outra em Miranda –, enquanto em Mato Grosso quatro pontos serão distribuídos em duas cidades: dois em Poconé e outros dois em Chapada dos Guimarães.
As comunidades foram selecionadas, inicialmente, por critérios socioambientais e econômicos, como o pouco acesso à água potável, a escassez de saneamento básico, a vulnerabilidade diante dos impactos das queimadas e da seca, e a exposição a danos causados por elementos como a mineração, o desmatamento, a agropecuária industrial, entre outros problemas.
As populações beneficiadas pelo projeto "Águas Que Falam" também foram escolhidas por possuírem estreita ligação de seus modos de vida com os rios, sobretudo em função da atividade da pesca de subsistência, do ecoturismo e, em muitos casos, da captação da água dos rios para consumo humano.
Sobre a parceria
“Águas Que Falam” começou como uma investigação da qualidade da água em alguns rios do Pantanal. Com a parceria da Everest e a experiência da empresa, além de expandir o trabalho para 12 comunidades, o projeto levará a essa população soluções de potabilização de água e saneamento básico.
“A parceria com o SOS Pantanal reflete a essência da Everest. Esse projeto incrível visa a conservação do bioma, das fontes de água e do modo de vida das populações locais. Acreditamos que é por meio desse movimento que conseguimos gerar consciência e engajamento social, promovendo a preservação e a restauração desse bioma brasileiro tão rico em biodiversidade", afirma Carlos Alexandre Rangel Guimarães, diretor Executivo da Everest.
Ele ainda acrescenta que "a relação entre o Pantanal e a água é central, também, para a Everest. Sem o equilíbrio de biomas como o Pantanal, não há água, não há vida, não há Everest. É com orgulho que vemos esse projeto expandir em múltiplas frentes com nossa parceria, alcançando cada vez mais impacto e incentivando políticas públicas”.
A atriz e apresentadora Rafa Kalimann aproximou a empresa do SOS Pantanal, graças a sua estreita relação com o instituto, sua colaboração em campanhas e sua atuação como "madrinha" do programa "Brigadas Pantaneiras". Para coroar a nova fase do projeto "Águas Que Falam", a influenciadora voltará em breve ao Pantanal.
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