Em expedição desde 2021, quando deixaram São Paulo (SP) para viajar de carro pelos Parques Nacionais do Brasil, a psicóloga Letícia Alves e o economista Dennis Hyde, de 39 e 44 anos, passaram por Mato Grosso para documentar o Parque Nacional de Chapada dos Guimães, o Parque Nacional do Pantanal Mato-grossense e o Parque Nacional Juruena.
Antes de chegar em Chapada, no mês de agosto o casal visitou o Parque Nacional Juruena, o primeiro da etapa da expedição em Mato Grosso. No site Entre Parques, eles documentaram a visita e relatara a surpresa ao conhecer a cachoreira Salto Augusto: "este trecho do Juruena tem uma das últimas grandes quedas de água ainda não represadas para geração de energia elétrica".
Por lá, eles também visitaram uma Sumaúma, uma das maiores árvores da Amazônia que também pode ser encontrada em Mato Grosso, que tem a presença do bioma: "Pertinho do Salto Augusto tem uma sumaúma muito especial. Duas raízes se encontraram e formaram um tipo de câmara, bem na altura do peito. Colocando a cabeça ali, você ouve uma pulsação".
Depois, o casal esteve no Parque Nacional do Pantanal Mato-grossense, onde chegaram em meio às queimadas. "Não trazemos boas notícias. Chegamos a um bioma coberto de fumaça. É impossível de ignorar e de aproveitar bem. Olhos ardendo, tosse, respiração difícil, roupa cheirando a fumaça. Como esquecer que nós estávamos de passagem, mas milhões de pessoas vinham sofrendo havia meses aquela situação, sem saída?".
"O bioma que perdeu 80% da superfície hídrica nos últimos 40 anos, segundo o MapBiomas. A maior planície alagável do Planeta tinha 21% da sua área coberta por água, hoje são 4%. Não há nascentes no Pantanal (pasme) e chove muito pouco (pasme novamente)".
Em uma nova visita, em outubro, eles fizeram um passeio em Porto Jofre para conseguir ver uma onça-pintada de perto. "Foram mais de 3 anos atrás da danada, nos rendemos e fomos vê-la nos passeios de Porto Jofre. Nos demos por satisfeitos, mas seguimos com a vontade de cruzar com uma onça pintada na trilha.
"O Parque dos paredões"
No Parque Nacional de Chapada dos Guimarães, Letícia e Dennis visitaram o Morro de São Jerônimo, ponto mais alto do local, a cachoeira Véu de Noiva, registraram araras e compartilharam detalhes sobre as trilhas. Em uma delas, o economista alertou para o avanço de garimpos na região.
"O parque é rodeado de grandes consumidores de água como a agropecuária e como um garimpo, para quem não sabe, um garimpo geralmente precisa de muita água para acontecer, jogam produtos e contaminam a água".
No Véu de Noiva, o casal se surpreendeu com a beleza da queda d’água de 70 metros e se encantou com as araras. "A qualquer hora do dia é linda (acredite, testamos todos), mas ela fica particularmente mais bonita à tarde, quando o sol reflete nos paredões e as araras vermelhas chegam para dormir por ali".
Confira todos os detalhes da expedição em Chapada dos Guimarães, com detalhes sobre trilhas como as do Vale do Rio Claro, no site do Entre Parques.
Sensação
Vento
Umidade