Sociedade, cultura e política com jogo de cinturaGuto é assessor de comunicação, se interessa na integração do desenvolvimento sustentável rural e urbano e expressões culturais
O prefeito de Cuiabá já anunciou que não tem dinheiro para realizar os eventos do Carnaval neste ano. A gente sabe que não é só dinheiro, o prefeito de Cuiabá não gosta de Carnaval. Sem dinheiro público, vários artistas dependem exclusivamente das iniciativas privadas de bares ou associações de moradores. Como esses patrocinadores não contumam investir, Cuiabá certamente terá um carnaval bem morgado.
Se Cuiabá não investe, as pessoas vão sair da cidade para aproveitar as festividades nas cidades vizinhas. E qual é a vizinha mais procurada para lazer? A nossa querida Chapada dos Guimarães. Essa é uma oportunidade de negócios, mas também é uma chance da cidade mostrar que sabe fazer essa festa de rua.
Carnaval não é uma festa somente dos grandes shows, é da fantasia, dos mascarados, das crianças jogando confete. Uma festa que pode ser feita sem grandes equipamentos, mas com músicos na rua. Para isso é preciso planejar o fechamento de algumas ruas, a redistribuição do tráfego e a disponibilização de banheiros químicos. A rua coberta pode ser uma rua sem veículos, onde passam os blocos.
Se você relaciona o Carnaval a excessos que vê na TV, saiba que as pessoas sem limites se embreagam e exageram até na Sexta-feira Santa. O Carnaval pode ser de famílias, de romances novos ou de reencontros. Pode ser de pais e avós ensinando tradições muito brasileiras para seus filhos e netos.
A crise ou indisposição de Cuiabá em celebrar essa festa nacional pode ser uma grande oportunidade para a cidade dos paredões. Se bem aproveitada, essa oportunidade pode resultar no maior Carnaval da Chapada dos Guimarães.
Sensação
Vento
Umidade