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INCONSTITUCIONAL

Partido aciona Justiça contra escolas cívico-militares em Mato Grosso

Ação aponta que a implementação do modelo cívico-militar pode retirar investimentos essenciais de outras áreas da educação

02/03/2025 12h25
Por: Bárbara Rosa
Fonte: Com Gazeta Digital
Foto: Reprodução/Assessoria
Foto: Reprodução/Assessoria

O Partido dos Trabalhadores de Mato Grosso (PT-MT) ingressou com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) contra a Lei nº 12.388/2024, que institui o Programa Escolas Estaduais Cívico-Militares no estado. A petição foi protocolada no Tribunal de Justiça do Mato Grosso na terça-feira (25) e busca suspender os efeitos da lei.

O deputado e presidente estadual do partido, Valdir Barranco, afirma que a legislação representa um grave retrocesso para a educação pública e fere princípios constitucionais.

“Essa lei é um verdadeiro atentado contra a educação pública! Substituir gestores qualificados por militares sem formação pedagógica é um absurdo completo. Querem transformar nossas escolas em quartéis, calando a voz dos educadores e dos alunos. Não podemos permitir esse retrocesso!”, argumenta o deputado.

A ação aponta que a implementação do modelo cívico-militar pode retirar investimentos essenciais de outras áreas da educação. Dados apresentados na petição indicam que o estado pode destinar milhões de reais para a contratação de militares da reserva, enquanto professores e profissionais da educação seguem sem reajustes salariais adequados.

“É um escândalo! Enquanto o governo desvia dinheiro da educação para bancar essa militarização absurda, os professores seguem esquecidos, sem valorização, sem estrutura e os alunos amontoados em salas superlotadas. Isso é um ataque direto ao direito à educação de qualidade!”, denuncia.

O PT-MT argumenta que a norma viola a Constituição ao permitir a ocupação de cargos estratégicos na educação sem concurso público e sem qualificação específica na área educacional. Além disso, o partido ressalta que a militarização da gestão escolar não tem respaldo na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), que estabelece que a administração escolar deve ser conduzida por profissionais da educação.

“Nosso pedido não é apenas jurídico, é um grito de revolta! Estão destruindo o futuro das nossas crianças e jovens ao impor um modelo autoritário dentro da sala de aula. A escola deve ser um espaço de aprendizado, debate e liberdade, não um ambiente de repressão!”, enfatizou Barranco.

A ADI agora aguarda manifestação do Tribunal de Justiça do Mato Grosso, que deve decidir sobre o pedido de liminar nos próximos dias. O tema tem gerado intenso debate em diversos estados do país, com defensores alegando melhora na disciplina e opositores apontando riscos à pluralidade e à democracia nas escolas públicas.

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