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DENÚNCIA DA OPOSIÇÃO

Clube de Chapada dos Guimarães é citado em escândalo na eleição da FMF

Presidente do Chapada Futebol Clube, Orivaldo Rondon, foi gravado relatando pressões e ofertas financeiras para apoiar a reeleição

27/04/2025 11h02Atualizado há 2 semanas
Por: Bárbara Rosa
Fonte: Com Voz MT
Foto: Reprodução/Assessoria
Foto: Reprodução/Assessoria

O processo eleitoral da Federação Mato-grossense de Futebol (FMF), marcado para o dia 3 de maio, transformou-se em um escândalo envolvendo acusações de suborno, coação, falsificação de documentos, fraude eleitoral, compra de votos e ameaças. As denúncias foram levadas ao Ministério Público do Estado de Mato Grosso (MP-MT) e já resultaram em ações na Justiça Criminal.

A eleição opõe duas chapas: a “Federação para Todos”, liderada pelo empresário João Dorileo Leal, e a chapa da situação, “Progresso no Futebol”, encabeçada pelo atual presidente Aron Dresch, que tenta a segunda reeleição.

Denúncias graves

Segundo a oposição, chegaram ao MP-MT áudios e descrições de conversas em que emissários da FMF ofereciam R$ 50 mil a clubes, desde que assinassem documentos em branco em apoio à reeleição de Dresch – meses antes da publicação oficial do edital eleitoral.

Em outra gravação, um radialista ligado a um clube de Chapada dos Guimarães, que teria usado o CNPJ do Poconé para disputar a Segunda Divisão, também falou em negociações financeiras para garantir o apoio ao atual mandatário.

Além disso, vários dirigentes denunciaram o uso indevido de suas assinaturas na formação da chapa de Dresch, configurando falsificação de documentos. Um dos principais denunciantes é o ex-presidente do União Esporte Clube, Reydner Souza, que move uma queixa-crime por falsidade ideológica contra Dresch na 8ª Vara Criminal de Cuiabá.

“A falsificação das datas das subscrições foi tão grosseira que foram feitas à mão, enquanto o restante do documento era digitado. As 22 assinaturas apresentadas possuem a mesma caligrafia e a mesma data: 15 de abril de 2025“, afirma Reydner Souza na ação.

Irregularidade na lista de votantes

Outro ponto destacado na impugnação é a inclusão indevida do Juara Atlético Clube no colégio eleitoral, mesmo sem constar na lista oficial publicada no edital. A acusação alega que a chapa de Aron Dresch se utilizou de manobras irregulares para registrar a chapa rapidamente e inflar o número de apoiadores.

“No decorrer do processo eleitoral, foi constatada fraude pela chapa ‘Progresso no Futebol’, com utilização de meios ilegais para coagir clubes e impedir a livre escolha dos dirigentes“, cita o documento de impugnação.

Compra de votos e associação criminosa

Os documentos protocolados relatam ainda que, ao longo da gestão 2021-2024, Aron Dresch teria realizado compra de votos com recursos da própria FMF. O presidente do Chapada Futebol Clube, Orivaldo Rondon, foi gravado relatando pressões e ofertas financeiras para apoiar a reeleição, com direito à exigência de procuração pública.

Em outro caso, o presidente do Atlético Mato-grossense, Alex Sandro Real da Silva, afirmou em áudio que recebeu R$ 20 mil da FMF para assinar documentos ainda na Segunda Divisão de 2024, alegando que todos os clubes receberam quantias semelhantes.

“Esses documentos foram assinados no ano passado, na Segunda Divisão. Aí liberaram R$ 20 mil para cada time“, disse Alex Sandro.

Coação para liberação de verbas

Outra denúncia impactante envolve o ex-presidente do União, que relatou que a FMF só liberaria a cota de R$ 50 mil referente ao Estadual de 2024 mediante a assinatura de um documento de apoio à reeleição de Aron Dresch.

“Para que fosse feito o repasse de um dinheiro da Federação, eu era obrigado a assinar um documento anuindo à chapa do presidente Aron“, revelou Reydner Souza.

Associação criminosa

Por fim, a chapa “Federação para Todos” acusa Dresch e seus aliados de formarem uma associação criminosa para se manter no poder. O documento entregue à Comissão Eleitoral destaca que a sucessão na FMF foi “rebaixada a uma sordidez sem precedentes”.

Agora, o processo eleitoral da entidade corre sob tensão e vigilância das autoridades, com expectativa de novas ações judiciais e possíveis desdobramentos criminais nos próximos dias.

Outro lado

O radialista Marcello Carvalho afirmou, em um comentário no Instagram do Notícias de Chapada, que em nenhum momento falou sobre compra de votos. “O assunto foi outro, sobre uma dívida de 35 mil reais que ele deixou quando fomos tirar as certidões para alterar o domicílio do clube.”.

“Eu disse que acreditava na índole de homem pantaneiro simples dele, e que ele poderia pagar como pudesse, parcelado ou prestando serviços, já que o mesmo presta serviço no ramo da construção civil”, continua. “Estou ansioso para confrontar os áudios, aí a verdade vem à tona.”.

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