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ESPORTE DE AVENTURA

Highline ganha espaço em MT, mas ainda enfrenta falta de apoio e estrutura

Criada há um ano, a Associação Mato-grossense de Montanhismo, Escalada e Slackline (AMES) tem o objetivo de fomentar a prática no estado

11/05/2025 12h30
Por: Bárbara Rosa
Fonte: Com Hipernotícias
Foto: Reprodução
Foto: Reprodução

As imagens de um homem caminhando sobre uma corda suspensa entre os paredões de Chapada dos Guimarães, a mais de 60 metros de altura, viralizaram no último final de semana, despertando a curiosidade sobre o highline em Mato Grosso. O protagonista da cena, o arquiteto Juliano Ferri, de 30 anos de idade, explicou como essa modalidade e outros esportes de aventura vêm ganhando espaço no estado, apesar da falta de apoio e divulgação.

Sobre a localização exata da prática no vídeo, Ferri preferiu manter a discrição, uma cautela comum entre os praticantes de highline. Ele confirmou que a travessia ocorreu em Chapada dos Guimarães, fora dos limites do Parque Nacional, e garantiu que todos os protocolos de segurança foram seguidos, com o uso de cadeirinha e linha de backup.

Ele integra a equipe Slackline MT, formada por profissionais com mais de 10 anos de atuação e que conta com um membro certificado pela International Slackline Association (ISA), entidade responsável por regular a segurança do esporte em nível mundial.

"Tomamos todo cuidado possível. Nesse highline, foi necessário furar a rocha de arenito para esticar a fita em uma distância de 90 metros, a mais de 60 metros do chão entre um ponto e outro. Foi uma sensação espetacular que exigiu muita concentração e técnica. Um dos melhores highlines que já realizei", relatou Ferri.

Olhando para o futuro dos esportes de aventura em Mato Grosso, Ferri mencionou a criação da Associação Mato-grossense de Montanhismo, Escalada e Slackline (AMES) há um ano, com o objetivo de fomentar as práticas no estado. "A associação foi pensada para unificar a comunidade de escaladores e de praticantes de escalada, slackline e highline, como forma de ter uma entidade que pudesse representar todos junto ao interesse público".

Juliano relembra que o primeiro highline realizado por mato-grossenses ocorreu em 2016 e revela o desejo de levar a modalidade a pontos icônicos do estado, como o Véu de Noiva, a Ponte Sérgio Motta e a Arena Pantanal. "São locais desafiadores e ter essa oportunidade agregaria uma visibilidade sem precedentes. Em outros estados, como Minas Gerais, São Paulo e Porto Alegre, o Mineirão, Pacaembu e Beira Rio já foram palco de highline", destacou.

Apesar do entusiasmo e do potencial da prática, Ferri reconhece a ausência de uma estratégia mais estruturada e a forte dependência do voluntariado.

"Todos somos voluntários. Praticar esporte de aventura é investir do próprio bolso e não é barato. Os equipamentos são caros e não temos apoio. Nosso objetivo com a associação é participar de projetos que possam ajudar a fomentar a prática em todo o estado", afirmou, mencionando estudos para possíveis parcerias com a Secretaria de Estado de Cultura, Esporte e Lazer de Mato Grosso.

ICMBIO

Sobre a prática em unidades de conservação, o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) informou que não há vias autorizadas para highline no Parque Nacional da Chapada dos Guimarães. O órgão destacou que qualquer atividade em ambiente natural dentro do parque depende de estudos técnicos e autorizações prévias.

PRIMEIRO FESTIVAL

Um passo importante para a consolidação do highline em Mato Grosso foi a realização do primeiro festival da modalidade no estado, entre os dias 18 e 21 de abril, no distrito de Batovi, em Tesouro (a 366 km de Cuiabá). Segundo Juliano Ferri, o evento pioneiro reuniu mais de 2 mil pessoas e atraiu atletas renomados de várias regiões do país, tendo como cenário a imponente Cachoeira da Fumaça.

"O evento foi sensacional e fruto de parcerias entre o poder público e a comunidade esportiva. A colaboração de todos fez toda a diferença. O prefeito Isaack Moreira e o secretário de Turismo Victor Coelho, além dos participantes e da recepção da comunidade", comemorou Ferri.

POPULARIZAR A PRÁTICA

A AMES também tem promovido atividades de slackline na área externa da Arena Pantanal, oferecendo à comunidade local e aos frequentadores do espaço a oportunidade de conhecer e praticar o esporte. A próxima edição está marcada para este final de semana, sábado a partir das 17h (10).

ENTENDA O HIGHLINE

O highline é uma das quatro modalidades do slackline, considerada uma das mais desafiadoras. O esporte consiste basicamente em equilibrar-se em uma fita ancorada a mais de 10 metros de altura e pode ser praticado entre formações rochosas, cânions e edifícios.

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