Em 2024, o Parque Nacional da Chapada dos Guimarães enfrentou um dos maiores incêndios florestais de sua história. Aproximadamente 13 mil hectares foram queimados fora dos limites da unidade de conservação, enquanto outros 1,5 mil hectares foram devastados dentro da área protegida, segundo o Corpo de Bombeiros.
Diante desse cenário e com a proximidade do período de estiagem em Mato Grosso, a administração do Parque iniciou de forma antecipada as ações de prevenção aos focos de incêndios, na região marcada pela vegetação típica do Cerrado.
Entre as medidas adotadas, está a queima prescrita, técnica utilizada como estratégia preventiva para reduzir o material combustível e, assim, minimizar o risco de grandes incêndios.
Conforme o analista ambiental do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversdiade (ICMBio), Fernando Francisco Xavier, 15 novos brigadistas ambientais foram contratados no início de junho.
A expectativa é de que, até o fim do mês, o parque conte com um total de 45 brigadistas aptos para atuar nas ações de prevenção e combate aos incêndios florestais.
Queimar para prevenir
Uma das principais técnicas utilizadas na prevenção de incêndios florestais no Parque Nacional da Chapada dos Guimarães é a queima prescrita. De acordo com Fernando Francisco Xavier, a prática consiste na aplicação controlada e planejada do fogo.
“Elas ajudam a formar mosaicos de áreas queimadas e não queimadas no parque. Fazemos as queimas nessas condições em que o “auge” da seca ainda não chegou, a vegetação ainda está com alguma umidade e são locais que usamos para ancorar o fogo das queimas. É determinado uma região específica e junto com a equipe de profissionais treinados, fazemos linhas de fogo”, explicou.
Além de contribuir para o controle da vegetação seca, a queima prescrita também cria áreas de refúgio para a fauna local, incluindo espécies protegidas que habitam o parque, como a anta, o tamanduá-bandeira, a onça-pintada e a jaguatirica.
“As queimas prescritas também tem benefícios para a redução de incêndios que poderiam piorar a qualidade do ar no período da seca e aumentar as doenças respiratórias”, destacou.
Sensação
Vento
Umidade