A rã Physalaemus nattereri, espécie ameaçada de extinção após a construção da Usina do Manso, voltou a ser encontrada em novas áreas de Chapada dos Guimarães. Considerada sensível a mudanças ambientais, a espécie foi registrada por pesquisadores em ambientes ainda conservados da região.
A descoberta é resultado de estudos realizados pelo Programa de Pesquisa em Biodiversidade (PPBio), do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), com apoio da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT).
A bióloga Maria de Jesus Costa, que atua no projeto, explica que a rã possui hábitos noturnos e vive no chão da floresta, o que a torna muito vulnerável à perda de habitat. Segundo ela, a expansão urbana e os impactos ambientais da usina contribuíram para a diminuição da população da espécie nas últimas décadas.
“A Physalaemus nattereri é um bioindicador importante. Quando ela desaparece de uma área, é sinal de que o ambiente foi bastante alterado”, afirma a pesquisadora.
Os registros recentes trazem esperança para a conservação da rã, mas os especialistas alertam que é preciso preservar os fragmentos de vegetação nativa e conter o avanço do desmatamento.
O trabalho dos pesquisadores segue com o mapeamento de novas ocorrências e com a sensibilização de comunidades locais sobre a importância da preservação da fauna regional.
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