SANTANA
GOVERNO - CRIMES AMBIENTAIS
Coragem

A moça do vulcão

Juliana Marins é uma lição sobre viver com intensidade

Sociedade, cultura e política com jogo de cintura

Sociedade, cultura e política com jogo de cinturaGuto é assessor de comunicação, se interessa na integração do desenvolvimento sustentável rural e urbano e expressões culturais

25/06/2025 16h09
Por: Guto Pera

Toda aventura tem riscos, e os que retornam delas sempre contam vantagem por terem sobrevivido. Juliana Marins não sobreviveu a uma aventura que tinha tudo pra ser superada. Ela tinha condição física boa, experiência de mergulho, escalada, ciclismo, era praticamente uma atleta. Ainda assim, sofreu um acidente bobo mas decisivo para a borda do vulcão.

“O que ela foi fazer lá?”
Juliana foi viver a vida com intensidade que a maioria de nós não tem coragem ou planejamento para viver. Ela contratou guia, tinha água e comida para o trecho e o tempo estimado, não estava sozinha, mas uma sequência de erros resultou na sua morte.

Não vou apontar os erros porque não conheço a realidade local, mas cair numa trilha não significa que a pessoa era incapaz de fazê-la, é um risco que realmente existe. Se não existisse o risco, veríamos as mesmas pessoas que passeiam nos shoppings no topo de montanhas. Eu faço trilhas, já subi montanhas, sei que tem momentos     que as forças acabam, que pensei que nem devia ter ido. Mas alcançar o objetivo e voltar, faz sentir que valeu a pena.

Juliana era jovem, destemida e preparada, mas ainda assim passou um perrengue terrível sozinha na boca de um vulcão. Ela passou sede, fome, frio e certamente se sentiu sozinha. Ela nem sabia disso, mas o Brasil estava acompanhando e torcendo para que ela fosse resgatada.

Tamara Klink foi a primeira mulher a invernar sozinha na Antártica, Amelia Earhart atravessou sozinha o Atlântico, Valentina Tereshkova foi a primeira mulher a ir para o espaço e tantas outras foram pioneiras em feitos até hoje extraordinários. Juliana Marins não buscava ser a primeira a alcançar uma marca histórica, ela queria viver com intensidade, tinha sede de vida com alegria e sem fronteiras.

A morte de Juliana é a lembrança para os aventureiros de que a vida é breve, que o risco existe e que o retorno precisa ser comemorado. Espero que ela seja inspiração para outras aventureiras, não a causa do medo de se lançar ao mundo.

Nenhumcomentário
500 caracteres restantes.
Seu nome
Cidade e estado
E-mail
Comentar
* O conteúdo de cada comentário é de responsabilidade de quem realizá-lo. Nos reservamos ao direito de reprovar ou eliminar comentários em desacordo com o propósito do site ou com palavras ofensivas.
Mostrar mais comentários
Chapada dos Guimarães, MT
Atualizado às 17h03
24°
Tempo limpo Máxima: 29° - Mínima: 14°
23°

Sensação

0.95 km/h

Vento

30%

Umidade

SANTANA MARÇO
anuncie aqui
Blogs e colunas
anuncie aqui
Últimas notícias
Anúncio
Mais lidas
Rua Antiga
matu terapias
site