O presidente da Assembleia Legislativa (ALMT), deputado Max Russi (PSD), se reuniu com o governador Mauro Mendes (União Brasil) nesta quarta-feira (25) para exigir uma solução urgente para os problemas na MT-251, no trecho do Portão do Inferno, em Chapada dos Guimarães. O impasse, agravado por novos estudos que revelaram "inconsistências" no projeto original, tem deixado a região isolada e prejudicado a economia local.
Durante o encontro, Russi criticou o modelo de contratação da obra, que foi licitada antes da conclusão dos estudos geológicos. "É algo estranho. Quando ainda se discutia a licença ambiental, já havia uma empresa contratada. Parece cartas marcadas: se der certo, os amigos fazem; se não, a gente revisa", afirmou. O parlamentar lembrou que esse tipo de prática já causou atrasos e prejuízos em outras obras no estado, como as realizadas para a Copa do Mundo.
O governador Mauro Mendes reconheceu os desafios técnicos após a empresa Lotufo Engenharia, responsável pela obra de R$ 29,5 milhões, identificar problemas no solo durante os trabalhos iniciais. Novas sondagens revelaram uma "grande dificuldade ou quase impossibilidade" de seguir o traçado planejado. "Isso não é uma decisão política, mas técnica. Estamos aguardando os laudos finais para definir o próximo passo", disse Mendes, prometendo uma resposta "até o final deste mês".
Impactos no turismo e na economia
Russi destacou os prejuízos causados pelo atraso, especialmente com a proximidade do Festival de Inverno de Chapada dos Guimarães, um dos principais eventos turísticos do estado. "O cuiabano gosta de ir a Chapada, e a situação atual é inadmissível. A cidade não pode ficar isolada", afirmou.
Há quase dois anos, o trecho permanece com contenções provisórias e interdições frequentes durante chuvas, colocando em risco motoristas e prejudicando o comércio local.
TCE acompanha caso e cobra decisão
Em nota separada, o presidente do Tribunal de Contas do Estado (TCE), conselheiro Sérgio Ricardo, afirmou estar em diálogo constante com o secretário de Infraestrutura (Sinfra), Marcelo Oliveira, mas lamentou a falta de solução. "É desanimador ver uma cidade isolada sem definição. Se nem o governo sabe como resolver, quem vai saber?", questionou.
Sérgio Ricardo destacou que a nova proposta em análise é deslocar o traçado da estrada para evitar a retirada do morro.
Enquanto o governo aguarda os últimos laudos, a pressão de parlamentares e órgãos de controle aumenta para que uma decisão seja tomada e a obra, finalmente, saia do papel.
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