Os acessos a Chapada dos Guimarães, um dos destinos turísticos mais importantes de Mato Grosso, enfrentam uma crise com a paralisação da obra de retaludamento no Portão do Inferno, na Rodovia Emanuel Pinheiro (MT-251).
O vice-governador Otaviano Pivetta (Republicanos) disse, nesta sexta-feira (27), que há planos do governo para criar alternativas viárias e aliviar o fluxo na região.
Pivetta disse que o governo já trabalha em uma nova rota pela MT-030. "Tem a MT 030, o traçado já tá definido. Esse projeto está sendo elaborado", explicou o vice-governador. A expectativa é que essa nova rodovia seja uma "alternativa importante para levar todos os irmãos cuiabanos para Chapada."
Questionado sobre os erros técnicos nas obras anteriores do Portão do Inferno, Pivetta afirmou não estar a par dos detalhes, dividindo a responsabilidade por essas informações com o governador Mauro Mendes e o secretário de Infraestrutura, Marcelo Padeiro.
MT-030 reduziria 30km entre Cuiabá e Chapada
A MT-030 é um projeto antigo, de 2008, que visa criar uma rota mais direta entre Cuiabá e Chapada dos Guimarães. O traçado liga as comunidades de Coxipó do Ouro e São Jerônimo até os paredões de Chapada.
A nova rodovia eliminaria curvas e reduziria o percurso em 30 km, prometendo um trajeto mais reto em comparação com a atual MT-251.
A obra no Portão do Inferno
A obra de retaludamento no Portão do Inferno, em Chapada dos Guimarães, foi anunciada em março de 2024 em um projeto de R$ 29,5 milhões, inicialmente com prazo de 120 dias para ser finalizado pela empresa Lotufo Engenharia e Construção.
O objetivo principal da intervenção é prevenir deslizamentos de terra na perigosa curva do local. Para isso, o método previsto é o retaludamento, que consiste na retirada de parte do maciço rochoso e na criação de taludes – uma série de cortes que formam degraus – para conter os deslizamentos.
Como parte da execução, a estrada seria recuada em dez metros, evitando a passagem sobre o viaduto existente e reforçando a segurança do trecho.
No entanto, dados geológicos recentes identificaram "inconsistências nos estudos iniciais", levando a uma "grande dificuldade ou quase uma impossibilidade de prosseguir naquela rota original", conforme revelado pelo governador Mauro Mendes no início da semana.
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