O prefeito de Chapada dos Guimarães, Osmar Froner (União Brasil), afirmou em entrevista ao RD News que a construção de um túnel no trecho do Portão do Inferno, anunciada pelo governo do Estado na semana passada, é uma esperança para resolver um problema que já dura mais de um ano e meio. As obras de retaludamento foram paralisadas após a identificação de riscos geotécnicos, causando transtornos à cidade turística e ao transporte de cargas.
Froner destacou que a situação tem prejudicado Chapada dos Guimarães, especialmente pelo impacto no turismo. "Atrapalha muito a cidade. Obras são boas, e a expectativa era que tivessem a qualidade imprimida pelo governador Mauro Mendes, mas atrasou e ficamos nessa situação", disse. Ele ressaltou que a instabilidade preocupa turistas, muitos dos quais têm voos marcados e enfrentam dificuldades para se deslocar.
O prefeito admitiu que o governo estadual pode ter falhado ao optar inicialmente por uma solução mais simples, sem estudos mais detalhados, mas reconheceu os entraves burocráticos com órgãos ambientais, como ICMBio e Ibama. "Agora, o importante é focar na solução definitiva", afirmou.
Flexibilização de rotas para reduzir custos
Além da cobrança pela agilidade no túnel, Froner encaminhou um ofício à Assembleia Legislativa pedindo flexibilização no peso de veículos em trechos críticos da região. Ele quer autorização para que caminhões de até 9 toneladas trafeguem nos dois sentidos da MT-251, facilitando o transporte de hortifrutigranjeiros.
Outra demanda é a liberação de veículos de 48 toneladas nas rotas Chapada-Mirante-Campo Verde (MT-251) e Água Fria-Manso (MT-246), essenciais para o escoamento agrícola.
"Essas medidas barateariam o frete, reduzindo o preço de alimentos, combustíveis e insumos", explicou. Como algumas vias alternativas não são pavimentadas, a circulação seria mais viável durante a estiagem.
Túnel deve ter licitação até agosto
A Secretaria de Infraestrutura (Sinfra) confirmou que o anteprojeto do túnel está em elaboração, com previsão de licitação para agosto. A mudança no projeto original, que previa o corte do morro, foi decidida após sondagens geotécnicas apontarem riscos.
O governo alega que o túnel terá menor impacto ambiental e operacional, além de manter a rodovia funcionando durante as obras. A decisão também seguiu recomendações técnicas do ICMBio e do Ibama.
Enquanto a solução definitiva não sai, Chapada dos Guimarães segue pressionando por medidas emergenciais para aliviar os prejuízos econômicos e logísticos.
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