Santuário de Chapada receberá segunda elefanta africana vinda da Argentina

A tão aguardada viagem da elefanta Kenya, que vivia no Ecoparque de Mendoza, na Argentina, teve início nesta sexta-feira (04), conforme anunciado pelo perfil oficial do Santuário de Elefantes Brasil (SEB).

Após anos em cativeiro, Kenya agora segue viagem rumo a uma nova vida, cercada de natureza e cuidados, em Chapada dos Guimarães.

Ela será a segunda elefanta africana a integrar a manada que vive sob cuidados do Santuário. A primeira foi Pupy, resgatada anteriormente.

O traslado está sendo feito por uma equipe especializada, que acompanha de perto o bem-estar do animal durante todo o percurso, com paradas programadas para hidratação, alimentação e descanso.

Sensibilidade e confiança

De acordo com o SEB, Kenya demonstrou insegurança com o fechamento da caixa de transporte, o que exigiu uma abordagem paciente e delicada dos cuidadores. “Por ser uma elefanta sensível, parte essencial do nosso trabalho tem sido conquistar sua confiança para que se sinta segura”, relatou a equipe.

O transporte conta com monitoramento por câmera e será feito em ritmo adaptado às necessidades do animal.

Um novo começo

A chegada de Kenya ao santuário representa mais do que uma mudança de ambiente. É o início de um processo de cura física e emocional, após anos longe do convívio natural com outros animais da mesma espécie. “Vinda de um ambiente estéril, o contato com a natureza será essencial”, afirmou a equipe.

O Santuário de Elefantes Brasil também anunciou que em breve será possível acompanhar a jornada de Kenya por meio de atualizações nas redes sociais e até participar simbolicamente de sua adoção, contribuindo com o trabalho por meio de doações ou compras na lojinha virtual.

“Estamos honrados por acompanhar a Kenya nesta nova fase. E felizes por ter você com a gente”, finalizou o comunicado do SEB.

Kenya tem 44 anos e passou praticamente toda a vida confinada no antigo Zoológico de Mendoza, na Argentina. Vivendo sozinha em um recinto árido e decorado com pinturas de elefantes, ela foi privada do convívio com outros da sua espécie e do contato com a natureza. Seu espaço era um semicírculo de terra batida, longe do que seria um ambiente adequado para seu bem-estar físico e emocional.