SANTANA
ENTRE MUNDOS

A linguagem das estrelas e do inconsciente

E se os símbolos antigos encontrassem as inquietações modernas?

Nem tão esotérica assim

Nem tão esotérica assimNayara Araújo é uma mato-grossense de raízes pantaneiras, jornalista, estudiosa de temas holisticos. Trabalha com Tarot, Astrologia, Ayurveda e fitoterápicos.

08/03/2025 09h04Atualizado há 2 semanas
Por: Nayara Araújo

Você já teve a sensação de sentir o mundo girando rápido demais para que você pudesse acompanhar? Foi exatamente assim que me senti quando, em meio a prazos, responsabilidades e a constante necessidade de "dar conta de tudo", me deparei com a inquietação: a vida, então, se resume a isso? 

Na tentativa de compreender caminhos além do pragmático e da rotina, conheci a Astrologia, o Tarot e o Ayurveda. No início, confesso que me aproximei dessas práticas com um misto de curiosidade e ceticismo.

Lembro que encontrei em Carl Gustav Jung, psicanalista e um dos pilares da psicologia moderna, um meio que unia essas duas partes que não entravam em consenso. Jung defende que o simbólico desempenha um papel essencial em nossa relação com o inconsciente. Para ele, a astrologia é uma linguagem arquetípica, e pode ser traduzida como uma forma de acessar como os padrões individuais e coletivos refletem no momento atual. Entendi, então, que estes temas podem complementar o que a ciência moderna ainda não alcança: o mundo invisível das nossas emoções, desejos e intuições.

O Tarot, por exemplo, é definido por muitos teóricos como um espelho do inconsciente. Cada carta carrega conjuntos de símbolos universais que, quando interpretados, estimulam insights sobre situações e sentimentos que talvez não consigamos expressar racionalmente. Pesquisadores contemporâneos como Mary K. Greer destacam que o poder do Tarot está em sua capacidade de promover autoconhecimento. Não se trata de prever o futuro, mas de encontrar um espaço de pausa, reflexão e reorganização interna.

Essas práticas também têm um impacto direto em nosso bem-estar. Estudos recentes na neurociência mostram que rituais simbólicos podem reduzir o estresse, ativar a criatividade e até ajudar na tomada de decisões. Por isso, utilizar essas ferramentas no cotidiano não é fugir da realidade, mas o contrário, encontrar formas de lidar melhor com a mesma.

"Nem tão esotérica assim" nasce a partir dessa reflexão: podemos, sim, nos deparar com o simbolismo sendo uma ponte entre o racional e o intuitivo, o moderno e o ancestral.

Jung dizia, “a ciência e o espírito não precisam ser opostos, mas complementares”. Seguimos assim, com os pés firmes no chão e, ao mesmo tempo, encontrando sentido nas estrelas.

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